É preciso muita determinação e muita magia de Walt para ser PG em um resort da Disney, e no Port Orleans não podia ser diferente!

A Isabelle Lima contou pra gente como foi trabalhar lá em 2016, com um depoimento recheado de detalhes e (óbvio) muita DPD! Vem ver tudo 😉

“Se eu tivesse que resumir meu programa em uma palavra, seria MARAVIDA. No ICP eu fui merchan em Disney Springs, mas sempre sentia falta de manter contato com as histórias que conhecia na loja. Por isso, na entrevista, já aproveitei aquela perguntinha final de “Você tem alguma dúvida?” para perguntar se tinha como eu trabalhar em resort. Na hora que descobri que tinha conseguido hotel, fiquei radiante.

O Port Orleans é um moderate resort, dividido em dois: Riverside e French Quarter, que é inspirado no estado da Louisiana. Fomos treinados nos dois, mas você só trabalha no Riverside porque o FQ é bem menor, então eles só hospedam grupos no Riverside. O resort é grande, com vinte prédios de dois ou três andares, dividido em duas áreas:  Aligator Bayou e Magnolia Bend.

Além disso, conta com um lobby, um arcade, um pesque e pague um camp fire, uma loja, um bar com música ao vivo, um pool bar, algumas piscinas e dois restaurantes – um quick e o outro full.  O lugar é muito grande e cheio de coisas acontecendo, mas graças a Deus nosso treinamento sobre a história e estrutura do hotel foi bem completo. A gente passou uma semana divididos em duplas, acompanhando cada hora um manager ou coordinator diferente, que explicavam pra gente o que eles faziam e como nós seríamos úteis quando eles nos chamassem para auxiliar com os grupos.

Depois do treinamento, o schedule era fixa e em cascata. No ICP era muito comum eu passar a semana toda fechando a loja, ou ter um shift às 5a.m. um dia e ter fechado a loja no anterior. Já no super greeter não foi assim; meus shifts eram de closing terças e quartas (15h30-00h), um do meio do dia (10h-18h30) na quinta e dois de abertura para encerrar a semana (07h-15h30). Não sei bem se posso falar em rotina, mas consigo dividir meu programa em antes e depois dos grupos.

Por ser um resort mais caro, o Port não é a primeira opção da maior parte dos grupos – in fact, do Brasil, só tem uma empresa. Isso significa que a gente lidou muito mais com os guests em geral na primeira parte do programa, ou seja, famílias de todos os lugares do mundo. Então, no início, nosso trabalho consistia basicamente em tradução – português e espanhol- e dar informações. A parte das informações é meio tricky porque as pessoas esperam que você saiba coisas que você não tem ideia. Uma coisa eram as perguntas tipo “Tenho uma reserva no Be Our Guest tal hora, que horas eu tenho que pegar o ônibus?”. Essas eram tranquilas de responder. Mas também me perguntaram onde eu indicava comer no Sea World, quanto dava um táxi até o aeroporto de Fort Lauderdale e até um código uber me pediram. Nessas horas, eu fazia amizades sinceras com os outros Cast Members do hotel, que eram o apoio e sempre tinham um jeito de auxiliar.

Claro que as famílias também tiveram um lado muito positivo: eles viraram nossos amigos, especialmente as famílias brasileiras.  No final do dia, eles encontravam “seu amigo de verde” e contavam se tinha dado tudo certo. E no outro dia de manhã, se você estivesse lá, te contavam de novo e perguntavam do seu dia e sobre a sua família… A conversa poderia durar horas e eles realmente tinham na gente amigos, de abrir o coração mesmo. Acho que essas vivências me marcaram muito.

Escolhi uma história para ilustrar essa relação. Essa é a história da Becca. A Becca é uma menina de 13 anos (na época 12) que está no transtorno do espectro autista. Ela é brasileira, mora em Miami com a avó e é apaixonada pelas princesas. Por isso, pro aniversário dela, a avó dela fez uma reserva de jantar no Cinderella’s Royal Table e comprou ingressos para o Magic Kingdom através de uma agência em Miami. Aconteceu que a tal agência informou a elas que para comer no restaurante não precisa de ingresso, então elas poderiam ir ao porque dois dias. Como essa informação é incorreta, o problema era enorme. Long story short, a Disney deu as entradas de presente. Eu que dei a notícia e no meio disso, fui convidada pra passar o dia no parque com elas já que eu estaria de folga. Posso falar sem medo que foi um dos meus melhores days off.  A felicidade daquela menina em encontrar a princesinha Sofia não pode ser traduzida.

@isabellealima

Mas não só de famílias passamos o programa. Em julho, chegaram os grupos.  No Port, os grupos ficam nos prédios 80 e 85, porque tem acesso fácil e comportam quatro pessoas confortavelmente nos quartos.  Isso também ajudava na saída dos grupos porque os ônibus especiais encostavam atrás do prédio 80 e com isso reduzia o tumulto no bus stop geral dos guests e no lobby. Porém, nem tudo é separado das outras pessoas.

Com os grupos, tínhamos que falar com os tour guides, perguntar horários, dar tchauzinho quando pegavam o ônibus e conferir se todo mundo tinha ido mesmo, ver se precisavam de alguma ajuda com as Magic Bands, ajudar no check in, administrar quando alguém nos gerasse problemas e auxiliar no Food Court.

Certamente, o café da manhã era quando os grupos davam mais trabalho. O motivo é bem simples: eram 400 adolescentes chegando ao mesmo tempo para tomar café. Em alguns grupos, todos pagavam com o mesmo cartão; com isso, um caixa era fechado só para eles. Então a cena era essa: dezenas de meninos e meninas de 15 anos, meio perdidos, cheios de sono, colocando a conversa em dia enquanto as famílias também chegavam para o café e um dos caixas estava fechado com uma fila de adolescentes. Pois é, trabalhar as 07 AM podia ser bem louco (rs) mas no final deu tudo certo.

Acredito que seja uma dica importante: se imponha! Contudo, mantenha sempre a educação. Lidar com tanta gente ao mesmo tempo pode ser difícil, vai ser difícil, mas com um pouco de jogo de cintura e boa vontade, tudo se ajeita.  Depois que eles foram embora deu saudade até mesmo de pedir para falarem mais baixo.

Dica número dois: você é muito livre no PG e tem outro tipo de acesso aos seus managers, então fique amigo deles. Foi essencial ter um bom relacionamento para quando os problemas aconteciam ter com quem contar. Outra dica que eu dou é: dê amor e valor aos seus co-workers, conte com eles sempre. A pessoa que está ali com aquela camiseta verde do seu lado vai ser quem você mais vai ver na semana, então aproveite muito essa amizade que a Disney vai criar. Se você o vir sendo sensacional em qualquer situação, dá um fanatic! Eles certamente merecem.

@isabellealima

Acho que o maior ponto positivo do meu IPG foi como meu trabalho me possibilitou ter todas essas experiências, lições de vida e amizades novas. Todos os dias eram novos, nada nunca era igual. Às vezes era mais parado, mas sempre tinha alguma coisa pra fazer, sabe? Fora que cada cantinho daquele hotel se tornou muito especial pra mim. O Port Orleans como work location foi uma grata surpresa vou carregar cada “hey y’all” comigo para sempre!”

Obrigada, Belle! O Port Orleans certamente se destacará ainda mais em nossas preferências de estadia na Disney depois dessa sensação maravilhosa de família que os cast members criam para todos por lá! Adoramos o depoimento!

Quer ler depoimentos de outras work locations do PG? Então clica aqui! 😉